
A TV Globo confirmou oficialmente que a atriz Débora Bloch will bring back the iconic villain Odete Roitman in the Vale Tudo remake, slated for a 28 April 2025 premiere as part of the network’s 60‑year celebrations.
Originalmente, a personagem foi interpretada pela inesquecível Beatriz Segall na novela‑cabeça de 1988, cuja sinfonia de intrigas ainda ecoa nas maratonas de teledramaturgia brasileira. A escolha de Bloch marca um retorno a um dos maiores antagonistas da TV nacional, mas com a cara de uma atriz que tem mais de quatro décadas de carreira em novelas, minisséries e teatro.
O caminho até a contratação não foi simples. Fernanda Torres chegou a ser cotada como primeira opção, mas recusou para dedicar seu tempo ao projeto “Ainda Estou Aqui”, que representa o Brasil na corrida ao Oscar de 2025. Já Gloria Pires apareceu nas negociações, porém saiu fora depois de solicitar um cachê acima do orçamento previsto pela emissora.
Contexto histórico de "Vale Tudo"
Quando Leonardo Bittencourt e Gilberto Braga lançaram Vale Tudo em 1988, o roteiro trouxe à tona a crítica ao neoliberalismo brasileiro dos anos 80, usando a disputa entre poder econômico e moral como pano de fundo. Odete Roitman, a implacável empresária, simbolizava o ápice da corrupção e da manipulação no meio corporativo.
A novela quebrou recordes de audiência e ficou marcada pela frase “Quem matou Odete Roitman?”, que virou um dos maiores enigmas da TV. Até hoje, a hipótese sobre o assassino gera debates em podcasts, grupos de WhatsApp e até nas salas de aula de comunicação.
Detalhes do remake e da estreia
A produção decidiu mudar a data original de estreia, de 26 April 2025 (sábado, dia da fundação da Globo) para 28 April 2025, segunda‑feira, aproveitando o horário de maior penetração dos telejornais das 21h. O movimento também permite que a nova novela "Dona de Mim", protagonizada por Tony Ramos e Cláudia Abreu, estreie ao mesmo tempo na faixa das 19h, criando um verdadeiro “dia de festa” na grade de programação da emissora.
Além da estreia, a Globo programou a exibição do clássico filme “Coisa de Novela” na sessão da tarde, reforçando o laço entre o passado e o futuro da TV nacional.
Personagens e novas dinâmicas
No remake, a relação de Odete com seu neto Tiago — agora interpretado por Pedro Waddington — ganha um tom mais frio e calculista. Em uma cena gravada em 29 April 2025, a empresária chega ao Brasil hospedada em um hotel e, ao encontrar Tiago no café da manhã, lança um “O que você está fazendo aqui?”, demonstrando a mesma severidade que a original, porém sem o toque paternal que Beatriz Segall imprimia.
Outro ponto de tensão surge com Ângelo Rodrigues, que interpreta Martin, corretor de imóveis e aliado ambíguo de Odete. Quando Tiago insinua que Martin pode ser mais que um amigo, a vilã responde com rispidez, questionando: “Quanto de educação você perdeu desde a última vez que eu estive aqui?”. Essa mudança reforça a intenção de tornar Odete ainda mais imprevisível para o público contemporâneo.

Suspense e estratégia de múltiplos finais
A autora Manuela Dias, responsável pelo roteiro, revelou ao programa “Fantástico” que dez finais diferentes foram gravados, com cinco suspeitos principais — Marco Aurélio, Celina, César, Maria de Fátima e Heleninha. Apenas a própria Manuela e o diretor Paulinho Silvestrini sabem quem realmente puxará o gatilho.
Essa estratégia, inspirada em séries de streaming que utilizam “choose‑your‑own‑adventure”, garante que até os próprios atores não descubram a identidade do assassino até a gravação da cena final, prevista para 6 October 2025.
Impacto e expectativas para a celebração dos 60 anos da Globo
Os números preliminares apontam para um aumento de 12% na audiência das 21h em comparação ao mesmo horário de 2024, segundo dados de Kantar IBOPE Media. Analistas de mídia acreditam que o retorno de um vilão tão icônico, aliado ao hype das múltiplas teorias sobre o assassinato, vai impulsionar não só a novela, mas também a marca Globo, que busca reafirmar sua liderança em um cenário cada vez mais fragmentado por plataformas de streaming.
Especialistas em cultura televisiva destacam que a combinação de nostalgia e inovação pode ser a fórmula vencedora para a emissora marcar sua sexta década de história sem perder relevância entre a geração Z.

Fatos rápidos
- Data de estreia: 28 abril 2025 (segunda‑feira).
- Personagem‑chave: Odete Roitman, agora interpretada por Débora Bloch.
- Direção: Paulinho Silvestrini.
- Roteiro: Manuela Dias, com dez finais diferentes gravados.
- Celebrando: 60 anos da TV Globo com programação especial.
Perguntas Frequentes
Como a escolha de Débora Bloch influencia a narrativa de "Vale Tudo"?
Bloch traz uma experiência de mais de 40 anos em papéis dramáticos, o que acrescenta profundidade à vilã. Sua interpretação combina a frieza original com nuances contemporâneas, ajudando a atualizar a trama para o público atual sem perder a essência da antagonista.
Por que Fernanda Torres recusou o papel de Odete Roitman?
Torres optou por concentrar seus esforços no projeto “Ainda Estou Aqui”, que será o representante brasileiro na corrida ao Oscar de 2025, demonstrando sua prioridade por trabalhos cinematográficos de alcance internacional.
Quais são os principais suspeitos do assassinato de Odete no remake?
Manuela Dias revelou que os cinco suspeitos são Marco Aurélio, Celina, César, Maria de Fátima e Heleninha. Cada um tem motivos diferentes, mantendo o público em suspense até a revelação final em outubro.
Como o remake se encaixa nas comemorações dos 60 anos da Globo?
A emissora usou o retorno de um clássico como estratégia de nostalgia, lançando simultaneamente a novela das 21h, a nova produção das 19h "Dona de Mim" e o filme "Coisa de Novela" na Sessão da Tarde, reforçando seu legado cultural e atraindo diferentes faixas etárias.
Qual o risco de gravar múltiplos finais para a produção?
Além do custo adicional de produção, há o desafio de manter coerência narrativa. Contudo, a tática aumenta o engajamento do público, que fica atento a pistas e teorias, ampliando a repercussão nas redes sociais.

O retorno de Odete Roitman chega como um espelho da ambição humana.
A cada personagem representa uma faceta da sociedade que ainda persiste.
A escolha de Débora Bloch traz experiência e frescor ao papel.
Não é só nostalgia, mas uma oportunidade de refletir sobre poder.
A narrativa nos convida a questionar o que realmente importa.
Quando vemos a vilã manipulando os outros, vemos nossas próprias fraquezas.
O remake nos lembra que a história pode se repetir se não aprendermos.
Ainda assim, há esperança nos protagonistas que lutam contra a corrupção.
O fato de haver dez finais diferentes cria um progma ativo com o público.
Isso faz da telesérie um laboratório de ética e escolha.
Cada suspeito representa um tipo diferente de motivação.
O público pode se ver em algum deles, e isso aumenta a empatia.
A Globo, ao celebrar 60 anos, também celebra a capacidade de se reinventar.
Se a produção mantiver a qualidade, o retorno será um marco cultural.
Então, vamos acompanhar com atenção e criticar de forma construtiva.