
Quando Paulo Soares, o lendário narrador conhecido como "Amigão da Galera", faleceu na segunda‑feira, 29 de setembro de 2025, o Brasil inteiro sentiu a perda de uma voz que marcou gerações.
O comunicado foi dado pelo ESPN Brasil, que informou que o jornalista tinha 63 anos e morreu no Hospital Sírio‑Libanês, em São Paulo, após "falência múltipla dos órgãos" decorrente de uma longa batalha contra problemas de saúde, entre eles doenças na coluna vertebral.
Uma carreira que atravessou duas décadas
O caminho de Paulo Soares começou nos anos 1990, quando ainda era repórter de rádio. Seu salto para a televisão veio com a criação do SportsCenter da ESPN Brasil, programa que ele conduziu por 20 anos ao lado de Antero Grecco. A dupla, carismática e bem-humorada, tornou‑se sinônimo de jornalismo esportivo de qualidade.
O público lembrava o jeito irreverente de Soares ao abrir o telejornal: "Bom dia, galera!" – frase que virou marca registrada e ainda ecoa nas redes. Essa proximidade ajudou a construir o apelido que se eternizou, "Amigão da Galera", e fez com que seu nome fosse reconhecido até fora dos estádios.
Os últimos meses: internação e luta contra a doença
Em abril de 2025, Paulo Soares foi internado no Hospital Sírio‑Libanês para tratar complicações na coluna e outras condições crônicas. A internação, que durou cerca de cinco meses, foi acompanhada de perto pelos colegas de bancada e por fãs que enviavam mensagens de apoio nas redes sociais.
De acordo com a equipe médica, a deterioração dos órgãos foi acelerada por infecções recorrentes e por um quadro de insuficiência renal. Apesar dos esforços, a condição evoluiu para falência múltipla dos órgãos, que acabou selando o destino do jornalista.
Homenagens de colegas e mídia
Logo após a notícia, UOL Esporte fez uma edição especial com depoimentos de personalidades como José Trajano, Juca Kfouri, Mauro Cezar Pereira, Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi. Cada um relembrou episódios marcantes, ressaltando a combinação de profissionalismo e humanidade que Paulo trouxe à mesa.
O Jornal da Record destacou que o "amigão" era admirado não só pelos colegas, mas por todo o público que acompanhava o programa diariamente. Em nota oficial, a ESPN Brasil descreveu o falecido como "um ícone da voz, da ESPN e da comunicação brasileira em geral".

Legado e impacto no jornalismo esportivo
O legado de Paulo Soares vai além dos números de audiência. Ele ajudou a profissionalizar a cobertura esportiva, elevando o padrão de preparo técnico e, ao mesmo tempo, humanizando a apresentação. Analistas afirmam que seu estilo influenciou uma nova geração de narradores, que buscam equilibrar informação detalhada com empatia.
Especialista em mídia esportiva, a professora Claudia Nunes, da Universidade de São Paulo, pontua que Soares foi pioneiro ao usar linguagem popular sem perder a credibilidade jornalística – "um feito que poucos conseguiram repetir".
Próximos passos: como a comunidade preserva a memória
Para honrar a memória, a ESPN Brasil anunciou que criará uma edição anual do SportsCenter dedicada a grandes momentos do esporte brasileiro, batizada de "Tributo ao Amigão". Além disso, o Instituto Brasileiro de Comunicação vai abrir um fundo de bolsas de estudo para estudantes de jornalismo interessados em esportes.
Enquanto isso, fãs continuam a compartilhar clipes antigos nas redes, mantendo viva a frase "Bom dia, galera!" – prova de que, mesmo depois da morte, a voz de Paulo Soares ainda ecoa nos corações dos amantes do esporte.
- Data do falecimento: 29/09/2025
- Idade: 63 anos
- Local: Hospital Sírio‑Libanês, São Paulo
- Causa: falência múltipla dos órgãos
- Carreira na ESPN: 20 anos, apresentador do SportsCenter
Perguntas Frequentes
Qual era a principal contribuição de Paulo Soares ao jornalismo esportivo?
Ele combinou conhecimento técnico profundo com uma linguagem acessível, criando uma ponte entre fãs e especialistas. Essa abordagem tornou o SportsCenter um programa de referência e inspirou novas gerações de narradores.
Como colegas da mídia reagiram à morte de Paulo Soares?
Jornalistas como José Trajano, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira participaram de um tributo especial no UOL Esporte, lembrando episódios marcantes e destacando sua simpatia, profissionalismo e amizade no ambiente de trabalho.
Qual foi a causa oficial da morte?
A nota oficial apontou falência múltipla dos órgãos, consequência de uma longa luta contra doenças crônicas, incluindo complicações na coluna vertebral e insuficiência renal.
O que a ESPN Brasil pretende fazer em memória de Paulo Soares?
A emissora anunciou a criação de uma edição anual do SportsCenter, batizada de "Tributo ao Amigão", e está organizando um fundo de bolsas de estudo para estudantes de jornalismo esportivo.
Como o público pode participar das homenagens?
Os fãs são incentivados a compartilhar memórias, fotos e vídeos usando a hashtag #AmigãoDaGalera nas redes sociais. Além disso, o Instituto Brasileiro de Comunicação aceita doações para o fundo de bolsas em seu nome.

Não dá pra acreditar que o Paulo Soares se foi tão cedo, ele era a voz que todo mundo escutava quando ligava a TV pra ver os jogos. Começou no rádio, virou lenda no SportsCenter e mostrou que dá pra ser técnico e gente boa ao mesmo tempo. Lembro de ouvir o "Bom dia, galera!" e sentir que o dia ia ser melhor. A gente viu ele evoluir, superou crises e ainda mantinha aquele sorriso de canto de boca. Ele falava de jeito simples, mas nunca perdia a profundidade na análise. Quando ele cobriu o Mundial, ficou claro que ele sabia cada detalhe dos times. Também tinha aquele humor sutil que deixava o programa leve. Durante a luta contra a doença, ele continuou firme, mostrando força mesmo nos dias mais difíceis. A comunidade do esporte sentiu falta dele, mas também aprendeu com sua postura resiliente. Os colegas sempre falaram que ele ensinou a importância de tratar o público como amigo. O legado dele vai ficar nos arquivos, nas repetições e nos memes que ainda circulam. Ele inspirou uma geração inteira de narradores que tentam copiar o jeito de falar com a gente. Mesmo depois de falecido, a frase dele ainda ecoa nas redes como um mantra. A lembrança dele não deve ser só nostalgia, mas um chamado à qualidade no jornalismo. Que a ESPN mantenha viva a energia dele, porque o Brasil ainda tem muito a ganhar com esse tipo de voz. Por fim, deixo aqui meu respeito ao "Amigão da Galera" que fez parte da minha rotina esportiva por duas décadas.
Ah, claro, porque o mundo está muito pior sem o "Bom dia, galera!"